O que são as pimentas?
Ervas, especiarias, vegetais, condimentos, decoração? É tudo isso. Depois do sal, é o condimento mais utilizado no mundo e encontrado em quase todos os lugares atualmente.
As pimentas são originárias das Américas e foi no tempo do Descobrimento que elas foram introduzidas no resto do mundo: Europa, Ásia e África. Os espanhóis e portugueses foram os primeiros, fora os nativos, que mantiveram contato com esta planta e daí em diante levaram para todos os lugares, adquirindo características e nomes próprios em cada um deles, fazendo parte de cada cultura. Os índios das Américas já utilizavam as pimentas de forma contínua em sua alimentação, os europeus iniciaram sua domesticação.
Os pontos "quentes" no mundo das comidas picantes são: México, Guatemala, a maior parte do Caribe e África, parte da América do Sul, Índia, Indonésia, Malásia, Coréia, Tailândia, sudoeste da China, os Balcãs e América do Norte. A culinária é uma das mais características e menos complicadas expressões da cultura de um povo. Os nativos destas regiões quentes eram acostumados a comer comidas condimentadas e a nova planta foi logo bem vinda.
Pimentas
As pimentas pertencem ao gênero Capsicum, da mesma família da batata, tabaco, petúnia entre outras. Ao longo dos anos as plantas foram sendo domesticadas e sua cor, sabor tamanho e forma foram se modificando pela seleção humana. Sua ardência, única no reino vegetal, resulta da presença de um grupo de alcalóides específicos. Existem mais de vinte e cinco espécies conhecidas. A maneira mais correta de identificação são pelas flores e não pelo fruto
Seu nome varia muito em cada lugar onde é cultivada e a mesma planta pode receber vários nomes. Uma mesma planta pode sofrer alterações de acordo com o local, ensolação, temperatura e umidade em que é plantada.
O termo "Chile" é um pouco confuso; pimenta (Brasil), chile, chilli, Aji, páprica e Capsicum são alguns dos termos usados para designar as pimentas, plantas do gênero Capsicum. A palavra Capsicum vem do grego "kapto" que significa " morder " (uma referência à sua ardência ou calor). Para confundir ainda mais o assunto, a pimenta pode ser chamada de doce ou quente.
Do dialeto Nahuatl do idioma Asteca, surgiu o nome Chiltepin. Este era o nome dado a uma das variedades conhecidas de pimentas mais antigas. Acredita-se que o nome é uma união das palavras chile e tecpintl e sua combinação traduz-se: "Chile Pulga" que é atribuída ao gosto picante da pimenta chile. Através dos tempos o nome foi sofrendo alterações do nome original: chile + tecpintl para chiltecping, para chiltepin, para chilepiquin. Os últimos dois nomes são razoavelmente conhecidos. O nome botânico moderno usado pelos taxonomistas para esta variedade é Capsicum annuum var. aviculare.
Hoje em dia, a versão "chili" identifica um tipo de prato, que é uma combinação de carne e pimentas ardentes. Em algumas receitas, serão somados também feijões.
Pimenta de "sino" (Bell) ou pimenta doce, geralmente refere-se às pimentas não picantes ou pouco picantes, de aspecto maciço (pimentão), enquanto a pimenta chile significa as variedades de pimentas ardentes ou quentes, que nós adoradores de pimentas tanto apreciamos.
As pimentas parecem ter surgido a 7.000 anos AC na região do México Central. O primeiro europeu a descobrir foi Cristóvão Colombo em uma das suas viagens históricas para a América em 1493. Ele estava procurando uma fonte alternativa de pimenta preta, que na ocasião era o condimento favorito na Europa. O que ele "descobriu" era um fruto vermelho pequeno, muito usado pelos nativos americanos à séculos - a pimenta vermelha. Colombo os chamou "pimiento", palavra espanhola para pimenta preta. Capsicum não está relacionado ao gênero Piper, que contém Piper nigrum L., a fonte de pimenta preta e pimenta branca. Após um século, as pimentas vermelhas tinham se espalhado por todos os continentes.
A pimenta vermelha é nativa do Hemisfério Ocidental e provavelmente evoluiu de uma forma ancestral na região da Bolívia e Peru. As primeiras pimentas consumidas foram coletadas provavelmente de plantas selvagens. Aparentemente os índios já cultivavam pimentas entre 5200 e 3400 A.C., o qual coloca as pimentas entre as plantas cultivadas mais antigas das Américas. Os americanos pré-históricos pegaram a pimenta selvagem Piquin e a selecionaram nos vários tipos hoje conhecidos.
Não é exatamente conhecido quando foram introduzidas as pimentas no Novo México. Elas podem ter sido usadas pelo nativos indígenas como um medicamento, uma prática comum entre o Maias. Até que o espanhol chegasse no México, os fazendeiros Astecas já tinham desenvolvido dúzias de variedades. Indubitavelmente, estas pimentas foram as precursoras do grande número de variedades achadas hoje no México. Se foram comercializadas pimentas nos pueblos de Novo México ainda não está claro. Porém, as pimentas são cultivadas Novo México durante pelo menos quatro séculos.
Aspectos Nutricionais
Pimentas não são apenas boas mas também nutritivas. Elas contém mais vitamina A que qualquer outra planta e são excelente fonte de vitamina C e B. Elas possuem também quantidade significante de magnésio, ferro e aminoácidos. As pimentas aumentam a taxa metabólica do organismo e este efeito térmico faz com que aproximadamente 6 gramas de pimenta queimem cerca de 45 calorias. Mas as pessoas não comem pimenta pelas vitaminas ou minerais mas pela sua ardência e todas, inclusive as ornamentais, são comestíveis.
Aroma, Cor e Sabor
O componente do sabor é encontrado na parte mais externa da planta, muito pouco internamente e nada nas sementes. Cor e sabor caminham lado a lado e o "condimento" parece estar associado com o pigmento carotenóide. Cores e sabores fortes estão intimamente ligados. Pimentas vermelho vivo são superiores em sabor que as verdes. A variedade Habanero é uma das mais aromáticas e seu sabor inigualável. É considerada a mais forte que existe. Sabor e cheiro são percepções distintas que adicionam agradável sensação quando comemos.
A cor é em elemento importante na composição de um prato. Poucas comidas são mais estimulantes que um prato com pimentas vermelha, amarela, verde, marrom, laranja e púrpura. Toda pimenta muda de cor de acordo com sua maturação, indo do verde para outra matiz, principalmente o vermelho.
Fonte: www.geocities.com
História da Pimenta
O cultivo de pimentas era uma característica de tribos indígenas brasileiras na época do descobrimento do Brasil.
Após esse período, as sementes e frutos de pimentas passaram a ser consumidas por povos de todas as origens, em quatidades crescentes e para os mais diversos usos.
A pimenta no município de Turuçu, conhecido como "Capital Nacional da Pimenta", começou a ser cultivada há mais de um século, visto que produtores com mais de 60 anos afirmam que a exploração comercial na região já era realizada por seus pais.
Propriedades:
A pimenta, condimento de sabor picante, traz consigo alguns mitos, de uqe provoca pressõa alta, gastrite, úlceras e hemorróidas. Estudos realizados comprovam que a pimenta traz muitos benefícios à saúde. A capsaicima que dá o ardido da pimenta é que possue propriedades benéficas à saúde:
Rica em vitamina A, B1, B2, C, E e niacina
Tem propriedades analgésicas e energéticas
Reduz a formação de coágulos no sangue e é vasodilatadora
Atua no cérebro estimulando a produção de endorfina, hormonio que produz a sensação de bem estar
A capsaicina tem ação antioxidante, antiinflamatório e anti-câncer
A capsaicina adicionada à dieta pode reduzir o desejo de comer, sendo benéfico ao tratamento da obesidade
Fonte: www.cpact.embrapa.br
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